Como Transferir Cripto Entre Blockchains: Um Guia Passo a Passo
E como será o futuro com a agregação.
Olá comunidade Polygon Brasil,
No artigo de hoje abordaremos o tema: How to Transfer Crypto Between Blockchains: A Step-by-Step Guide originalmente publicado em Agglayer Blogs.

Transferir ativos de uma blockchain para outra é uma necessidade comum para muitos usuários de Web3.
Seja movendo tokens da Ethereum para uma Layer-2, ou de uma rede não-EVM como Solana para outra, como a Polygon, o conceito é o mesmo: é preciso usar um mecanismo para fazer a ponte (bridge) entre duas blockchains diferentes.
Neste guia, você aprenderá passo a passo como transferir tokens entre blockchains. O foco será no uso de uma ponte cross-chain, o método mais direto, mas também exploraremos alternativas como exchanges e soluções inovadoras como o Agglayer, que tornam as transferências mais fáceis, seguras e contínuas.
Preparação: Entenda os Fundamentos e os Riscos
Cada blockchain é um ecossistema independente, com suas próprias regras e mecanismos de consenso. Isso significa que não é possível simplesmente enviar tokens da chain A para a chain B, como se faria entre carteiras na mesma rede.
Para transferências cross-chain, você precisa de um intermediário:
- Pontes (Bridges): Aplicações criadas especificamente para mover ativos entre redes. Podem funcionar bloqueando tokens em uma chain e cunhando-os em outra, ou por meio de pools de liquidez que permitem a troca direta.
- Corretoras: Corretoras centralizadas (CEX) também podem funcionar como pontes: você deposita tokens em uma rede e faz o saque em outra.
Prós e contras:
- Pontes preservam a descentralização, mas exigem várias transações e mais conhecimento técnico.
- Exchanges simplificam o processo, mas envolvem taxas e exigem confiar seus fundos a terceiros.
Neste guia, o foco será o uso de pontes cross-chain, uma solução mais alinhada ao espírito cripto.
Atenção: como as transferências cross-chain não contam com uma entidade centralizada, o risco é totalmente do usuário. Sempre use pontes confiáveis, desconfie de sites falsos e, se for iniciante, teste primeiro com valores pequenos.
Passo 1: Escolha o Método de Transferência (Ponte ou Exchange)
- Ponte (descentralizada): recomendada se você quer manter controle dos fundos.
- Pontes canônicas (nativas): conexões oficiais entre duas blockchains, geralmente em ambientes L2, permitindo transferências entre a L2 e o Ethereum.
- Pontes de terceiros: não são nativas, mas usam mecanismos como lock-and-mint para transferências.
- Algumas pontes utilizam intents/solvers, dependendo de pools de liquidez para swaps.
- Exchange centralizada: pode ser mais fácil para iniciantes.
- Exemplo: para mover de Ethereum para Solana, basta depositar os tokens na exchange e sacá-los em Solana (se houver suporte).
- Menos técnico, mas envolve taxas e confiança na exchange.
Para este guia, presumimos que você escolheu uma ponte, já que as exchanges têm seu próprio processo de depósito/retirada. As etapas restantes se concentrarão no uso de uma ponte cross-chain.
Passo 2: Garanta Carteiras em Ambas as Blockchains
Verifique se você tem carteiras compatíveis com as redes de origem e destino.
- Redes EVM (Ethereum, Polygon, Arbitrum, etc.): carteiras como MetaMask ou Rabby funcionam para todas, bastando trocar a rede.
- Redes não-EVM:
- Solana: Phantom (também suporta algumas EVMs como Polygon e Base).
- Cosmos: Keplr.
- Bitcoin: carteira específica de BTC.
- Nunca compartilhe sua seed phrase.
- Lembre-se: é preciso ter um pouco da criptomoeda nativa de cada rede para pagar taxas de transação (ex.: ETH no Ethereum e SOL no Solana).
Passo 3: Escolha uma Ponte Confiável
- Pesquise e selecione uma ponte que suporte os tokens e redes que você deseja transferir.
- Algumas carteiras já oferecem integração com pontes, mas atenção à slippage e taxas.
- Chains L2 otimistas como Arbitrum e OP Mainnet exigem até 7 dias para saque, por questões de segurança criptográfica.
- O portal da Polygon permite transferências Ethereum ↔ Polygon em cerca de 60 minutos.
Exemplos de pontes conhecidas:
Depois de escolher uma ponte, acesse o site oficial dela. Uma boa prática é encontrar o link da ponte através da documentação oficial da chain ou de uma fonte confiável.
Verifique se:
- A ponte suporta a transferência na direção que você precisa (algumas pontes são unidirecionais ou têm processos diferentes para cada direção).
- O ativo seja compatível com ambos os lados (caso contrário, talvez seja necessário trocá-lo primeiro por um ativo compatível, como uma stablecoin).
- Esteja ciente de que o ativo que você transferir pela ponte pode ser encapsulado quando chegar ao destino. Essa é uma maneira pela qual mundos diferentes se comunicam entre si: “encapsulando” o ativo nativo de diferentes chains.
Passo 4: Conecte Sua Carteira
Na interface da ponte:
- Conecte sua carteira da rede de origem (e, se necessário, da rede de destino).
- Escolha a rede de origem e a rede de destino.
- Selecione o token e a quantidade.
- Confira as taxas e se o token será transferido na forma nativa ou wrapped.
A interface pode mostrar uma taxa estimada ou taxa de câmbio, se aplicável. Além disso, verifique se a ponte entregará exatamente o mesmo token no destino ou uma versão encapsulada. Geralmente é uma versão encapsulada, a menos que seja uma ponte canônica dentro do mesmo ecossistema.
Passo 5: Inicie a Transferência
Após confirmar os detalhes, prossiga com a ponte do ativo:
- Origem (lock/burn): seus tokens são bloqueados ou queimados no contrato da ponte. Para tokens ERC-20, pode haver primeiro uma aprovação (permite que o contrato da ponte use seus tokens).
- Destino (mint/release): após validação, os tokens são liberados ou cunhados na rede de destino. Em algumas pontes, é automático. Em outras, é preciso clicar em Claim ou Redeem.
Seja paciente enquanto a mensagem cross-chain é retransmitida. O tempo pode variar de segundos a vários minutos, dependendo das chains e da ponte.
Se você optar pela rota canônica, o atraso pode ser de dias, em vez de segundos, minutos ou horas.
Passo 6: Confirme o Recebimento
- Verifique se os tokens chegaram na sua carteira de destino.
- Caso não apareçam, adicione manualmente o contrato do token.
- Confira a transação nos exploradores de blocos (Etherscan, Solana Explorer, etc.).
Se houver falha ou demora, consulte a documentação ou suporte da ponte.
Dicas Extras
- Taxas: sempre confira antes de transferir.
- Slippage: pontes que também funcionam como DEXs podem ter variação na taxa de câmbio.
- Segurança: só use pontes auditadas e reconhecidas. Pontes já foram alvo de hacks que roubaram bilhões.
- Alternativa (método de câmbio): Se você optar por um corretora em vez de uma ponte: os passos são (1) enviar o ativo da sua carteira para o endereço de depósito da corretora na chain A, (2) negociar ou transferir internamente, se necessário (algumas corretoras lidam automaticamente com transferências do mesmo ativo, por exemplo, creditam o mesmo ativo em outra chain), (3) retire o ativo da chain B para sua carteira na chain B. Sempre verifique três vezes se você está retirando para o endereço correto da blockchain (com a rede certa selecionada).
O Futuro: Transferências Sem Atrito com Agglayer
O processo acima mostra que a transferência de criptomoedas entre blockchains hoje é viável, mas complicada. Cada etapa é complexa e exige mais do usuário.
Mas soluções emergentes estão tornando a experiência entre chains semelhante à da Internet, simplificando a experiência do usuário e do desenvolvedor.
O Agglayer é o momento TCP/IP para a Web3, pois visa conectar blockchains em uma rede unificada, assim como a internet unificou redes de computadores distintas. Em suma, o Agglayer unifica toda a Web3: L1, L2, qualquer chain, até mesmo qualquer aplicativo. Não importa.
Em vez de depender de muitas pontes fragmentadas, o Agglayer fornece uma ponte unificada à qual as cadeias Agglayer CDK podem se conectar nativamente e para a qual as cadeias existentes poderão migrar no futuro. O uso do Agglayer tem várias características positivas:
- Os ativos movimentados pela ponte unificada da Agglayer são tokens nativos fungíveis em todas as chains conectadas, sem necessidade de serem encapsulados e desencapsulados. Em outras palavras, duas chains nativas da Agglayer podem movimentar ETH entre si sem encapsulamento. Isso elimina a confusão e a fragmentação da liquidez causadas pelos tokens encapsulados.
- A Agglayer usa criptografia avançada (especificamente um tipo especial de prova ZK chamado prova pessimística) para garantir a segurança entre as chain. Esse mecanismo garante que nenhuma chain possa retirar mais ativos da ponte compartilhada do que colocou nela. Mesmo que uma chain seja comprometida, ela não pode drenar a liquidez das outras — resolvendo um dos maiores temores na ponte.
- Como todas as chains compartilham essa ponte e um sistema contábil comum, a experiência do usuário pode ser muito mais tranquila. O Agglayer suporta transações “bridge-and-call”, o que significa que um usuário pode mover ativos e realizar uma ação (como uma negociação ou uma compra de NFT) em outra chaincom um único clique. A complexidade nos bastidores (múltiplas transações cross-chain) é abstraída, de modo que “parece que se está interagindo com uma única blockchain” para o usuário.
- Do ponto de vista da confiança, o Agglayer foi projetado como uma camada neutra e com confiança minimizada. Ele publica a finalidade na mainnet da Ethereum e não impõe novas suposições de confiança semelhantes às pontes existentes. Em essência, seu objetivo é eliminar a necessidade de depender de muitos validadores de ponte separadas, usando a segurança e as provas criptográficas da Ethereum como fonte de verdade.
Atualmente em desenvolvimento, o Agglayer será integrado de forma invisível ao usuário, tornando as transferências cross-chain tão simples quanto navegar na web.
Seguindo este guia, você poderá transferir ativos entre blockchains de forma mais segura e eficiente.
Comece com valores pequenos, registre suas transações e vá ganhando confiança.
No futuro, com soluções de interoperabilidade como o Agglayer, essas etapas manuais poderão desaparecer, dando lugar a um ecossistema fluido, onde liquidez e ativos circulam entre blockchains com a mesma facilidade que dados circulam pela Internet.
Sobre a Polygon Labs:
A Polygon Labs é uma empresa de software Web3 que desenvolve a rede Polygon Proof-of-Stake, a principal blockchain para pagamentos e RWAs, e a Agglayer, uma teia unificada de redes que funciona como a Internet. A Polygon é conhecida por ser uma rede de baixo custo e alta velocidade, com bilhões garantidos em stablecoins, sustentando um robusto ecossistema de pagamentos para impulsionar os casos de uso do Agglayer em uma Web3 interoperável. Pesquisas da Polygon Labs contribuíram para o desenvolvimento de tecnologia de zero conhecimento amplamente adotada, com projetos independentes bem-sucedidos incubados através do Agglayer Breakout Program, como Katana, ZisK, Miden, PrivadoID, entre outros.
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